quinta-feira, abril 27, 2006

bandas sonoras da vida (ainda a tempo de fazer um post "jeitoso" sobre "abril")

o sol a vir
e eu faço uma revolução


fragmento de 40 graus à sombra, 1987, radio kadafi

metereologia sebastianista

ontem ao fim da tarde, em faro, desceu um nevoeiro espesso que durou até esta manhã.
a cidade ficou irrespirável.
depois veio o sol.
e a cidade continua irrespirável.

segunda-feira, abril 17, 2006

"do que um homem é capaz"

josé mário branco
é já na sexta-feira.
às 21h30.
no teatro lethes.
em faro.
até lá, saboreia-se, num magnífico e-card.
roubado ao afílmico.

domingo, abril 16, 2006

"you are now chatting with god..."

confesso que é um dos meus passatempos preferidos.
falar com deus...
já lhe disse muita coisa que estava aqui entalada.

ok, é só um computador.
mas tem piada.
muita piada...

igod artificial intelligence chat

quarta-feira, abril 12, 2006

semiótica à hora do jantar [2]

se pudesse mudar alguma coisa no meu passado, algo que certamente mudaria é o facto de ter nascido e crescido numa família de testemunhas de jeová.
por outro lado, tenho muita pena das pessoas que nunca foram testemunhas de jeová, pois por muito que se esforcem, nunca (mas nunca mesmo) conseguirão alcançar na íntegra o sentido de algumas tiradas do josé carlos malato (ele próprio um dissidente, também).
é delicioso ter um comunicador de massas que, em pleno horário nobre, consegue tocar, de forma tão notável um nicho de audiências tão insignificante. insignificante, mas alerta.
e com um gozo enorme de se ver representado.

semiótica à hora do jantar

a famosa marca desportiva "nike" foi buscar o nome à mitologia grega, mais precisamente à deusa da vitória.

(via herança)

terça-feira, abril 11, 2006

coisas de farense (na praia)

- ir à praia no inverno e tomar café na esplanada do zé maria, faça sol ou faça chuva
- ir à praia na noite de 25 de dezembro, ver a largada do balão

- fazer praia desde abril, em agosto não pôr lá os pés e despedir-se da época balnear em outubro
- ir à praia e demorar mais tempo na fila e para arranjar lugar do que a apanhar sol
- nunca respeitar os semáforos da ponte
- pescar em cima da ponte ao lado do aviso "proibido pescar"
- comprar o "borda d'água" para saber as marés e ir ao marisco na ria
- ir à praia no verão e dar sempre um mergulho, mesmo que o tempo não esteja grande coisa
- ser picado por um peixe aranha e pedir a alguém que traga um alguidar com água e lexívia
- ter um amigo que tem um primo que tem um cunhado, que por sua vez tem uma casa na praia

coisas de farense (à noite)

- ir ao cineclube e sair antes do intervalo da sessão pra ir beber minis à "taverna" da sé
- ir à nova "taverna" da sé e ter saudades da antiga
- ir ao "bombordo" só pra ouvir os gritos de águia do calota
- ir ao "bombordo", ser enxovalhado pelo calota e rir-se da situação
- ir ao "botequim" pra beber imperial a 70 cêntimos
- ir ao "che60" à sexta-feira e não estar lá o zé maria
- ir ao "che60" à sexta-feira, não estar lá o zé maria e estar lá o teclista-organista
- ir aos "artistas" e pensar que é desta que o chão vai ceder
- ir ao "liquidus" pra dançar música dos eighties e dos nineties e levar com um dj novo

meia estação

define-se como o período do ano, em que no raio de um kilómetro quadrado, existe uma aglomeração espantosa e simultânea de pessoas com botas e casacão a par de indivíduos com chinelo e calça de linho branca. pelo menos em faro, é assim.

domingo, abril 09, 2006

perguntar não ofende

porque é que a nutricionista isabel do carmo não consegue emagracer?

sexta-feira, abril 07, 2006

frases avulsas sobre ira / raiva / cólera

"qualquer um pode zangar-se - isso é fácil. mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, no momento certo, pela razão certa e de maneira certa - isso não é fácil."

aristóteles


"em todas as retenções da cólera, o melhor remédio é ganhar tempo, e persuadir-se que a oportunidade da vingança ainda não chegou, mas não deixará de vir; e assim tranquilizar-se entrementes. e reservar-se para a ocasião."

francis bacon


"a ira nunca é súbita. nasce de um longo roer precedente, que ulcerou o espírito e nele acumulou a força reactiva necessária para a explosão. daqui resulta que um belo acesso de cólera não é, de forma alguma, sinal de uma índole franca e directa. é, pelo contrário, revelação involuntária de uma tendência para nutrir dentro de si o rancor - isto é, de um temperamento fechado, invejoso, e de um complexo de inferioridade. o conselho de 'estar em guarda contra quem nunca se irrita', significa, portanto, que - de todos os homens, acumulando inevitavelmente ódio - convém ter especial cuidado com os que nunca se traem por acessos de ira. quanto a ti, não fazes mal em ser insincero no teu remoer interior, mas em te traíres na explosão."

cesare pavese


"deixar transparecer a ira ou o ódio em palavras ou expressões faciais é inútil, perigoso, pouco inteligente, ridículo e vulgar. sendo assim, a ira ou o ódio devem ser demonstrados unicamente nas acções, e isso poderá ser feito tão mais perfeitamente quanto mais perfeitamente forem evitadas as atitudes anteriores."

arthur schopenhauer


"nos olhos dos esfaimados cresce a ira. na alma do povo, as vinhas da ira crescem e espraiam-se pesadamente, pesadamente amadurecendo para a vindima."

john steinbeck