sexta-feira, dezembro 02, 2005

"... frágil... esta noite estou tão frágil..."










tom é a fita.
tudo gira à volta dele.
é interessante.
complexo.
contraditório.
tem pinta de mânfio.
mas é frágil.
tem pinta de homem que sabe o que quer.
(como nos velhinhos anúncios da denim)
mas não sabe.

a fita tresanda a anos 70.
tom também.
com o seu guarda roupa demodé.
e as suas botas de tacão alto.

tom avança pela noite.
pelo sonho (adiado) de ser pianista.
e é ao piano que (monsieur) romain duris melhor consegue algo que, em cinema, é raro.
a tensão genuína daquele corpo diz tudo.
aquele corpo é a fita.
e a entrega é total.

se não fosse por mais nada, "de tanto bater o meu coração parou" ficaria na história pelo mais belo título de sempre e pelo mais belo cartaz de sempre.
mas, não.
tem muito por onde se pegue.